O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, reconheceu está terça-feira (4) que há problemas no transporte do milho para as regiões Norte e Sul, que sofrem com a seca este ano, mas garantiu que o governo federal está adotando medidas para fazer com que o grão seja deslocado para as áreas afetadas. “O milho chega, não na velocidade que tinha que chegar, até porque não existe transporte para isso. Estamos com uma ação com os governos estaduais, tentando fazer com que o problema deixe de existir o mais rápido possível”, declarou, após reunião na Sociedade Rural Brasileira, em São Paulo. Mendes Ribeiro informou que está em diálogo com a diretoria da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para chegar a uma solução e que o órgão está recorrendo, inclusive, ao Exército para fazer o transporte.Como forma de evitar crises de abastecimento no país, ele destacou a criação de políticas regionalizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “Queremos que o déficit de milho, que sempre existe no Sul e no Nordeste já possa ser evitado na próxima safra, com um trabalho elaborado durante o ano. Temos o levantamento de toda a nossa capacidade de armazenamento e buscamos parcerias com a iniciativa privada para suprir essa necessidade. Essa identificação está sendo feita e essa é uma das ações no nível regional por parte do ministério”, explicou. E o Exército Brasileiro já foi acionado para amenizar a escassez de milho no Semiárido nordestino e outras regiões afetadas pela estiagem. A região enfrenta a maior seca dos últimos 50 anos e, apesar de o governo ter autorizado a remoção de 400 mil toneladas de milho para pequenos criadores de aves e porcos, existe dificuldade de frete causada pelo crescimento da demanda e por novas regras que aumentaram o tempo da entrega e o preço das tarifas. A partir de agora, o Ministério da Defesa deve elaborar um plano emergencial de remoção do cereal. Segundo a Conab, um dos problemas enfrentados é que o Exército teria condições de transportar apenas carga ensacada. A estatal fará, então, o ensacamento de 400 toneladas por dia, sua capacidade atual, e pedirá o apoio logístico do Exército para transportar a carga, em processo que deve prosseguir até o fim do ano. Fonte: Agência Brasil - Danilo Macedo e Camila Maciel Texto adaptado por Assessoria de Comunicação
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