Fotógrafo de profissão, Renato Rizzaro registra a vida selvagem há anos. Antes, era um hobby. Hoje, dedica-se à criação de pôsteres com fotografias de aves de todos os biomas brasileiros. A terceira edição apresenta imagens de dezenas de pássaros da Amazônia; os trabalhos anteriores retrataram a Mata Atlântica e o Pantanal. O projeto começou em 2001, quando Renato adquiriu a Reserva Rio das Furnas, em Santa Catarina. Desde 2002, a área é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). Renato percebeu a enorme diversidade de aves e começou a fotografá-las. O trabalho levou cinco anos para ser finalizado e os mil pôsteres impressos se esgotaram rapidamente. Em 2011, foram ao Pantanal e no ano passado à Amazônia, para produzir imagens para mais dois pôsteres. Na última expedição, ele e sua esposa, Gabriela Giovanka, produziram mais de 600GB de imagens durante os 80 dias de viagem, no decorrer de 13.000 quilômetros. Os próximos destinos devem ser o Cerrado, a Caatinga e a região dos Pampas. Enquanto Renato fotografa, Gabriela faz a revisão bibliográfica do conteúdo. O projeto também recebe apoio do ornitólogo da Universidade de São Paulo (USP), Dr. Vítor Piacentini, da ONG brasileira Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS). Renato, paulistano, conta que o amor pelas aves nasceu no quintal da casa da mãe, que sempre plantou árvores frutíferas para alimentar os pássaros. “O quintal acabou virando uma grande floresta”, conta. Atualmente, Renato e Gabriela, que veio do interior de Santa Catarina, moram em Florianópolis para desenvolverem o projeto. Educação ambiental Mais do que o registro de aves típicas, o casal desenvolve trabalhos de educação e conscientização em escolas locais. Em cada viagem, visitam instituições e juntam crianças em torno da Roda de Passarinho. Através do contato de fotos de animais, dinâmicas, conversas e brincadeiras, “eles fazem a conexão entre os animais e a necessidade de preservar o meio ambiente”, diz Renato. Durante a expedição à Amazônia, por exemplo, conheceram os índios Surui, na Rondônia. Apresentaram os animais da Mata Atlântica e do Pantanal e tocaram a flauta de bambu até o entardecer. Fonte: Revista Globo Rural - Karin Salomão
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