Quase metade dos alimentos produzidos no mundo, ou 2 bilhões de toneladas anuais, tem como destino o lixo, segundo um relatório publicado nesta quinta-feira (10/1) por uma organização britânica que pediu urgência na luta contra este tipo de desperdício. A Instituição de Engenheiros Mecânicos avalia, em seu relatório, que este desperdício se deve a múltiplos fatores, incluindo a falta de estruturas adequadas, as rígidas datas de validade, as ofertas comerciais que obrigam a comprar em grandes quantidades e as manias dos consumidores. O estudo, que tem por título "Global Food, Waste Not, Want Not" ("Alimentos Globais; Não Desperdice, Não Queira", em tradução livre), enfatiza que entre 30% e 50% dos quatro bilhões de toneladas de alimentos que são produzidos anualmente no planeta nunca chegam a ser consumidos. Só no Reino Unido, até 30% dos cultivos de hortaliças não são colhidos porque sua aparência não cumpre com os critérios exigidos pelos consumidores. E os autores do relatório avaliam que até 50% da comida comprada na Europa e nos Estados Unidos termina no lixo. Tim Fox, diretor de Energia e Meio Ambiente na Instituição de Engenheiros Mecânicos, considera um grande impacto a quantidade de alimentos desperdiçados. "São alimentos que poderiam ser utilizados para alimentar a crescente população mundial, assim como os que hoje sofrem com a fome", afirmou. "Também é um desperdício desnecessário de terra, água e recursos energéticos que se utilizam para a produção, o processamento e a distribuição desses alimentos". Por exemplo, cerca de 550 bilhões de metros cúbicos de água - outro bem escasso em muitos países - são usados anualmente para cultivar produtos que nunca chegam ao consumidor, assinala o estudo. Fox cita, entre as razões para esta situação, "técnicas agrícolas e de engenharia e infraestruturas de transporte e de armazenamento inadequadas, a demanda dos supermercados por produtos cosmeticamente perfeitos e ofertas 2x1 que animam o consumidor a comprar mais que o necessário". O relatório recorda que a população mundial superou os sete bilhões de pessoas no final de 2011, e que as Nações Unidas calculam que poderá atingir os 9,5 bilhões até 2075, aumentando o risco de uma crise alimentar. "A ONU deve trabalhar em conjunto para ajudar a mudar a mentalidade das pessoas sobre o desperdício e desestimular práticas que conduzem ao desperdício por parte de fazendeiros, produtores de alimentos, supermercados e consumidores", concluiu Fox. Robert Van Otterdijk, da Organização para a Agricultura, da ONU, disse que na Europa e nos Estados Unidos, o desperdício médio dos consumidores por ano é de cem quilos, dez vezes maior do que entre os consumidores dos países mais pobres. Fonte: Globo Rural On-line
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