No primeiro mês de 2013 os preços de frangos e suínos atingiram níveis recordes para um mês de janeiro. A afirmação se refere aos animais abatidos, mas, no caso do frango, se aplica também à ave viva que – fato aparentemente inédito – encerrou o mês com um preço apenas 0,5% menor que o de dezembro passado, ocasião em que o frango alcançou (pelo menos nominalmente) as melhores cotações de toda sua história moderna. Diferentemente, porém, do que afirmam os analistas, não há uma relação direta entre valorização do produto e elevação dos custos, pois, se assim fosse, logo na primeira explosão de preços das matérias-primas (virada do primeiro para o segundo semestre de 2012) os preços do frango teriam sido imediatamente reajustados. No entanto, só a partir de dezembro é que a relação custo/preço passou a ser favorável ao produtor. Por que tanta demora? Na verdade, não é o custo quem determina o preço, mas a relação oferta/procura. E quando os custos explodiram, o setor ainda convivia com uma oferta elevada – efeito dos 50 milhões de matrizes de corte alojadas em 2011, volume que gerou um potencial de produção não muito distante dos 14 milhões de toneladas. E como quem opera com animais vivos não tem condições de adequar imediatamente oferta e demanda, o setor – que já vinha de um primeiro semestre sem lucros – passou a enfrentar prejuízos ainda maiores. Ocorreu, então, um efeito muito mais perverso do que a própria elevação dos custos: o fechamento, ao setor, das portas das instituições financeiras. Sem crédito, só restou à atividade liquidar antecipadamente boa parte do potencial instalado e, compulsoriamente, reduzir as atividades ao mínimo possível. Foi quando o pagamento oferecido ao setor se tornou, novamente, remunerador, pois a oferta tornou-se adequada a um novo padrão de consumo (capaz de pagar mais pelo produto). Naturalmente, o desafio enfrentado afetou também a capacidade de investimento do setor. O que significa dizer que a atividade entra em 2013 com um potencial produtivo visivelmente menor que a do ano passado e, portanto, em condições de operar de forma a obter, até, recuperação de parte do que perdeu em 2012. Mas isso está atrelado, indissoluvelmente, a uma oferta restrita. Assim, apelar para recursos que tentem contornar a menor capacidade de produção atual é despertar fantasmas que ainda não foram inteiramente exorcizados. Fonte: Avisite
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