O MPT (Ministério Público do Trabalho) quer, enfim, deflagrar em março uma mega operação de fiscalização nacional da lei 12.619. O objetivo é combater o uso da sobrejornada de trabalho dos caminhoneiros. A prática comum dos caminhoneiros de cumprirem jornadas superiores a 18 ou 20 horas de trabalho por dia é apontada como a razão para o excessivo número de acidentes fatais nas estradas do país. A regulamentação da profissão de motorista, além de impor uma jornada diária, transforma o excesso de jornada numa infração de trânsito. As penalidades são multa de R$ 127 e o apontamento de 5 pontos na carteira do infrator. A operação conjunta do MPT e da PRF (Polícia Rodoviária Federal) nas estradas tem o propósito de "lançar" a lei do caminhoneiro. Sancionada pela presidente Dilma Rousseff em julho de 2012, a lei não "pegou" no país por causa da ação do próprio governo. Em agosto de 2012, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito), órgão ligado ao Ministério das Cidades, criou uma resolução a partir da qual impedia a PRF de aplicar multas pelo descumprimento das jornadas. Esta semana, depois de uma batalha judicial entre o Ministério Público e a AGU (Advocacia Geral da União), a lei voltou a vigorar sem qualquer restrição. A ação civil pública, que havia sido proposta pelo Ministério Público questionando a ação do Contran, ainda não foi extinta. "Queremos a declaração de abusividade do Contran para que o governo não use o órgão novamente para impedir o cumprimento da lei", disse Paulo Douglas, procurador do trabalho de Rondonópolis (MT). A resolução do Conselho Nacional de Trânsito havia vetado apenas a fiscalização da PRF, mas não impediu a ação no âmbito trabalhista. Mais de 300 denúncias estão sendo investigadas neste momento pelo MPT, mas a avaliação é de que a lei será cumprida quando a Polícia Rodoviária multar os infratores. AGRONEGÓCIO O agronegócio brasileiro está preocupado com os efeitos dessa ação do Ministério Público da Polícia Rodoviária sobre a operação de escoamento da safra histórica de 185 milhões de toneladas. O controle de jornada vai reduzir a produtividade do transporte rodoviário, já afetado pela infraestrutura precária das estradas e pela falta de armazenagem. Veja um breve histórico da nova lei dos caminhoneiros: Caminhoneiros suspendem greve após acordo com governo Negociação com caminhoneiros pode incluir parceria com postos para garantir parada de descanso Nova lei dos caminhoneiros ameaça escoamento de safra histórica de soja Alta de fretes em MT já chega a quase 40% Jornada menor de caminhoneiro aumenta custo do frete em R$ 28 bi Lei dos Caminhoneiros entra em vigor, mas motoristas criticam falta de estrutura nas estradas para cumpri-la Estudo do DECOPE indica defasagem de 14,58% nos fretes Fonte: Agnaldo Brito
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