A colheita da soja ainda não terminou, em Mato Grosso, mas os produtores rurais já notam queda de produtividade na safra 2012/13. Segundo relatos, a queda na média da produtividade varia entre oito a 12 sacas de soja por hectare. A baixa produtividade foi atribuída principalmente ao fator climático, como a estiagem na formação do grão e o excesso de chuva durante a colheita. Mesmo enfrentando problemas deste o início deste ciclo, a projeção de produtividade e produção vinha sendo mantida por se acreditar que as lavouras mais tardias compensariam as perdas dos primeiros 30% da área colhida, até meados de fevereiro. A estiagem no início do plantio e durante a formação do grão, além da presença da ferrugem asiática nas variedades precoces, impactou diretamente na produtividade nas regiões sul e norte. O diretor técnico da Aprosoja/MT, Nery Ribas, explica que a disponibilidade de água é importante, principalmente em dois períodos de desenvolvimento da soja: na germinação e na floração (enchimento de grãos). Na prática, a soja tem capacidade de suportar de oito a dez dias de seca sem danos à produtividade. Nery ressalta que a necessidade total de água na cultura da soja para obtenção do máximo rendimento varia de 450 a 800 mm por ciclo, dependendo da região, do manejo e da duração do ciclo. O diretor financeiro da Aprosoja/MT, Antonio Galvan, explica que em Sinop (503 quilômetros ao norte de Cuiabá) também foi constatado o prolongamento de safra ou o não amadurecimento da soja. “Pela aparência das plantas esperávamos 55 sacas por hectare, em média, mas na hora de colher o grão não estava cheio. Não sei se vamos chegar à média esperada”, explicou. Devido à dificuldade de amadurecimento do grão, Galvan disse que ainda precisa colher 25% da lavoura. Na região oeste, a média deve fechar entre 50 sacas por hectare, explica o vice-presidente da Aprosoja/MT na região, Alex Utida. “Toda soja que foi plantada depois do dia 28 de outubro teve em torno de 10 a 15 sacas a menos de produtividade”, relata. A região leste, que ainda tem 40% da área para colher, enfrentou problemas com a estiagem em alguns municípios, e com a junção de altas temperaturas casou antecipação do amadurecimento da soja, alterando o processo de formação do grão, reduzindo assim a produtividade. Na região norte, além desses problemas, também foi verificado a presença de lagartas na lavoura. Fonte: Diário de Cuiabá
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