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 Fretes de grãos sofrem alta de até 20%

         O transporte da soja e do milho sofreu com pressões de alta nos valores dos fretes, conforme informações apuradas e registradas no boletim mensal, de março de 2013, do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-LOG), da Universidade de São Paulo (USP).

         Conforme capítulo milho do documento, cerca de 13% das rotas analisadas tiveram incremento do preço na faixa de 15% a 20% e, em 25% dos trajetos houve acréscimo entre 0,1% e 5%.

         O cenário que pressionou o preço do transporte rodoviário para o milho incluiu a necessidade de escoar o cereal colhido na safrinha 2011/12 e na safra 2012/13, a fim de liberar espaços nos silos e armazéns para a estocagem da soja; forte demanda doméstica pelo produto, originada no consumo dos setores de avicultura e suinocultura; e aumento das exportações – em fevereiro deste ano esta movimentação chegou a 2,29 bilhões de toneladas, enquanto que, no mesmo mês de 2012, o volume fechou em 276,55 milhões de toneladas, conforme dados do Secex (Serviço de Comércio Exterior).

         A demanda por transporte da própria colheita da soja pulverizou a frota e resultou na escassez de veículos, refletindo na alta do frete em março frente ao verificado em fevereiro. As condições das rodovias e dos acessos aos terminais portuários também foram fatores limitantes na precificação do frete.

         Tanto para o milho como para a soja, a expectativa é a de que novos aumentos aconteçam. O cenário que pressionará os preços do frete engloba o avanço da colheita, a lei 12.619, que regulariza as horas de trabalho do motorista, e o aumento do valor do combustível.

Fonte: Aceav