O tempo está ajudando e o desenvolvimento das lavouras de milho segunda safra cultivadas em Mato Grosso é animador. A produção deve ser maior do que a estimada inicialmente, passando de 14,6 milhões de toneladas, já o preço preocupa e o reflexo é a lentidão na venda antecipada do produto. Rodrigo Dezordi plantou 820 hectares em Campo Verde. O agricultor fez as contas e decidiu não negociar a produção por enquanto. Nesta mesma época do ano passado, Rodrigo já tinha vendido metade da colheita prevista e a cotação variava entre R$ 17 e R$ 24 a saca, valores bem maiores do que os oferecidos atualmente. De acordo com o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária, até agora, 22% da safrinha foi negociada, enquanto em abril do ano passado, metade da produção já tinha sido vendida. A diferença é resultado da relação entre oferta e demanda. Em 2012, houve quebra na produção de milho na região Sul do país e as lavouras cultivadas na Argentina e, principalmente nos Estados Unidos, também registraram perdas significativas, causadas pela estiagem prolongada. Com menos milho no mercado, as cotações permaneceram altas por mais tempo. Desta vez é diferente. A safra de milho verão foi boa nos estados do Sul do Brasil. Os agricultores argentinos tiveram uma colheita dentro do esperado e os norte-americanos estão cultivando a que pode ser a maior área de milho da história daquele país. Os reflexos aparecem nas cotações e, é claro, na decisão dos agricultores em segurar a produção no campo. Fonte: Globo Rural
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