Com a onda de calor intenso das últimas semanas, a produção de aves no Brasil tem acumulado casos massivos de mortes de frangos devido a falhas nos sistemas de ventilação automatizada durante eventuais temporais e quedas de energia. Dentre os casos mais recentes, noticiados pela imprensa nacional, esteve a morte de 45 mil frangos em Martinópolis (SP), precedida por 18 mil frangos em Marau (RS), 25 mil frangos em Maringá (PR) e outros 4 mil frangos em Sorocaba (SP), entre janeiro e fevereiro.
O presidente da Associação Goiana de Avicultura (AGA), Uacir Bernardes - médico veterinário e presidente da Comissão de Avicultura da Faeg - enfatiza que o alto índice de mortalidade das aves, nas regiões Sudeste e Sul, tenha ocorrido por falhas no sistema de ambiência (balanço térmico) nos aviários. "Para suportar determinadas temperaturas, algumas vezes o sistema que controla a climatização não consegue dar conforto aos animais, e eles acabam morrendo. Aparentemente foi o que aconteceu em vários lugares", apontou, ao desconsiderar a falta de energia como causador das mortes. Uacir reconheceu que mesmo no território goiano, quando há um calor tão intenso, algumas aves não resistem às temperaturas elevadas e sofrem estresse térmico (hipertermia). No entanto, o presidente da AGA informa que não houve relatos de mortalidade de aves tão consideráveis em Goiás, como aconteceu em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. "Todo aviário no Estado de Goiás possui gerador de energia. A mortalidade de aves em granjas aumenta mais no verão, porém não é nada que esteja fora do planejamento". A informação de Uacir foi confirmada pelo gerente de Sanidade Animal da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Antônio Leal. "Não tivemos notificações de mortalidade elevada em Goiás". Segundo o gerente, é obrigação dos produtores informarem quando o número de mortes superar 10% do núcleo, ou seja, quantidade de aves da propriedade. "A necessidade para que a Agrodefesa possa acompanhar os casos e averiguar possíveis incidências de epidemia ou falhas técnicas", completou. CALOR E A MORTALIDADE O presidente da AGA explica que há alguns anos, durante o verão ou tempos ensolarados, os índices de morte entre as aves granjeiras era muito alto, principalmente pela falta de estrutura nos galpões. Das principais espécies consideradas como animais de corte no Brasil - como aves, bovinos e suínos -, os frangos representam o grupo mais suscetível ao calor. Segundo o gerente da Agrodefesa, "as aves são extremamente sensíveis à temperatura ambiente elevada e, em locais fechados, dependem de um sistema eficiente de ventilação", disse Antônio Leal. Ele explica que frangos de corte com 42 dias de vida, em média, podem sofrer de desconforto térmico, quando submetidos a temperaturas ambientes acima de 28°C. "Isso acontece porque estão maiores e ocupando mais espaço, se aglomerando", ressaltou Antônio Leal. A situação torna-se crítica quando a temperatura ambiente ultrapassa 32°C e oferece ainda mais risco quando combinada à umidade. Por não possuírem um mecanismo de troca de calor tão eficaz quanto o dos mamíferos ou diferentemente do que acontece nos humanos - que transpiram por meio da pele para equilibrar a temperatura do corpo -, a perda de calor nas aves é realizada apenas pelo bico, durante a respiração. O óbito, em períodos quentes, se deve à alcalose respiratória ou hiperventilação. Segundo Uacir Bernardes, a alcalose respiratória, entre os frangos, é ocasionada pela hipertermia, que se torna fatal com o aumento de apenas 4°C da temperatura corporal dos animais. Um sinal de estresse térmico pode ser observado em alterações de comportamento, as aves ofegam e aceleram a sua respiração em até dez vezes na tentativa de perder calor. "Quando está muito quente, os frangos ficam ofegantes, pois aumentam sua frequência respiratória que é impulsionada pelo peito. Já que eles não possuem diafragma, como nós, o trabalho de respiração do peito, que é um músculo, acaba gerando mais calor para o frango, provocando exaustão, perda de peso, debilidade e até a morte", detalhou o presidente da AGA. Fonte: www.dm.com.br/Produtos de qualidade comprovada e atenção especial aos seus colaboradores é a receita Avifran de sucesso. Em caso de dúvidas, sugestões, críticas e elogios entrem em contato conosco pelo nosso Serviço de Atendimento ao Consumidor.
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