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 Oferta interna de carne de frango deve crescer 3,3% em 2014

 Data: 24/04/2014

O mercado brasileiro de carne de frango apresentou poucas novidades nesta semana mais curta marcada pelos feriados de Páscoa e Tiradentes. Para o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, a elevada disponibilidade de oferta impossibilitou melhorias no preço do quilo vivo nas principais praças de comercialização do Brasil. "Há expectativa de que o volume ofertado no mercado interno possa diminuir nos próximos meses. Ainda assim, o mais recente levantamento de SAFRAS & Mercado indica que a disponibilidade interna de carne de frango neste ano será 3,32% superior em relação a 2013", afirma. A oferta interna neste ano deve ficar em 8,994 milhões de toneladas de carne de frango, acima das 8,705 milhões de toneladas registradas no ano passado.

Para chegar a este volume, SAFRAS & Mercado trabalha com um indicativo de produção de 12,886 milhões de toneladas de carne de frango, volume 2,86% maior que o do ano passado, de 12,589 milhões de toneladas.

As exportações de carne de frango, que ainda buscam uma recuperação, devem crescer em torno de 0,21% em 2014 frente ao ano passado, passando de 3,884 milhões de toneladas para 3,892 milhões de toneladas. O número previsto por SAFRAS & Mercado está um pouco abaixo do volume estimado pelo vice-presidente de aves da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, que apontou embarques em torno de 4 milhões de toneladas de carne de frango para este ano.

Santin, que conversou com a Agência SAFRAS ao participar da posse da nova diretoria da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), em Porto Alegre (RS), na última terça-feira (15), disse ainda que a perspectiva é de que o Brasil consiga exportar 5 milhões de toneladas de carne de frango em 2020. "Estaremos trabalhando na nova entidade, que contempla os setores de aves e suínos, para alcançarmos uma produção condizente com essa meta de embarques", comenta. Ainda de acordo com Santin, a meta da ABPA é ampliar o número de países importadores até 2020, chegando a 170 para a carne de frango e a 80 para a carne suína.

No que tange ao mercado interno, Iglesias acredita que o preço do quilo vivo possa sofrer algum decréscimo no curto prazo, por conta da tradicional demanda mais retraída a partir da segunda quinzena do mês. "Se houver, a queda no quilo vivo talvez possa ficar entre R$ 0,05 a R$ 0,10", pontua.

A análise SAFRAS & Mercado indicou que o preço do frango vivo em São Paulo permaneceu em R$ 2,40. Em Minas Gerais o preço continuou em R$ 2,40. Na integração catarinense a cotação do frango vivo continuou em R$ 2,45. No Paraná, o quilo foi cotado a R$ 2,35 na integração (oeste do Estado), mesmo valor ante a semana passada.

No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 2,35. No Distrito Federal e em Goiás o quilo vivo foi cotado a R$ 2,40, apresentando estabilidade ante a semana anterior.

Em Pernambuco o quilo vivo seguiu em R$ 2,75. No Ceará a cotação do quilo vivo continuou em R$ 2,80, enquanto no Pará o quilo vivo seguiu cotado a R$ 2,85.

Fonte: AB